O Futuro como Horizonte Estratégico

Entre o final dos anos 1980 e início dos 1990, fiz parte de uma geração de profissionais e acadêmicos que estudaram Administração e Gestão a partir de um olhar mais humano e socializado, ao qual chamamos de Cultura Organizacional. Era um tempo em que olhávamos para a sociedade, suas culturas e comportamentos para compreender também como as instituições e organizações repetiam ou se integravam às nossas vidas. Hoje, acompanhamos a era em que não basta compreender a realidade para elucidar e elaborar as melhores práticas e a sobrevivência das empresas. É preciso lidar com os desafios e disrupções que nascem que ainda estão por vir.

Isso não quer dizer que o passado não tem muito a nos ensinar. Pelo contrário. Na sociedade da mudança constante, a memória não é apenas um registro do que já passou, mas também um elemento fundamental para criar vínculos de pertencimento. Assim como indivíduos e nações, empresas modernas sempre olharam para o passado e o presente para construir estratégias, valorizando o pertencimento e suas relações com as comunidades que as cercam.

Entretanto, como nunca antes, no universo empresarial atual, essa visão precisa de um esforço adicional: a capacidade de compreender o futuro. Nunca na história da humanidade as mudanças aconteceram tão rapidamente, é bom sempre enfatizasr. No início do século XX, a chegada da luz elétrica e do automóvel trouxeram transformações profundas, mas hoje, o ritmo é outro. A digitalização impôs uma velocidade de adaptação inédita, exigindo que empresas não apenas acompanhem as mudanças, mas as antecipem. O futuro já não é apenas uma variável distante; ele é o principal componente de qualquer estratégia de negócios.

O que antes era uma conveniência tornou-se uma revolução. As mudanças que estão se processando de forma cada vez mais rápidas,  não são apenas tecnológicas, mas também  simbólicas: a digitalização alterou a maneira como nos relacionamos com tudo o que existe, desafiando empresas a pensar e planejar o futuro em um ritmo nunca antes imaginado.

O desafio está em como lidar com essa aceleração. Estratégias que antes duravam décadas agora envelhecem em poucos anos — ou meses. Empresas que prosperam nesse cenário são aquelas que conseguem criar ferramentas para decifrar os ritmos do futuro, compreendendo tanto as mudanças tecnológicas quanto as sociais. Pensar estrategicamente, hoje, significa aceitar que o futuro é um terreno em constante movimento. Só haverá longo prazo para aqueles que, com agilidade e ousadia, souberem se adaptar.

A Persona, com sua visão humana e inovadora, atua exatamente nesse ponto. Mais recentemente, desenvolvemos um olhar próprio que chamamos da construção de mapas de futuros possíveis, ajudando empresas a navegar pelas incertezas e a encontrar caminhos que unam sustentabilidade, criatividade e impacto. Por meio do diálogo, da percepção de tendências e de processos de ideação inspirados no design e em metodologias de gestão e planejamento, desenvolvemos olhares e ferramentas de trabalho que conectam as empresas ao presente e ao futuro. Afinal, planejar é mais do que prever — é construir ativamente o que está por vir.

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